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5.2 Roteamento de rede para libvirt

Se a máquina que hospeda suas máquinas virtuais estiver conectada sem fio à rede, você não poderá usar uma ponte de rede verdadeira, conforme explicado na seção anterior (veja Ponte de rede para QEMU). Nesse caso, a próxima melhor opção é usar uma ponte virtual com roteamento estático e configurar uma máquina virtual com libvirt para usá-la (por meio da GUI virt-manager, por exemplo). Isso é semelhante ao modo de operação padrão do QEMU/libvirt, exceto que, em vez de usar NAT (Network Address Translation), ele depende de rotas estáticas para unir o endereço IP da VM (máquina virtual) à LAN (rede local). Isso fornece conectividade bidirecional de e para a máquina virtual, necessária para expor serviços hospedados na máquina virtual.

5.2.1 Criando uma ponte de rede virtual

Uma ponte de rede virtual consiste em alguns componentes/configurações, como uma interface TUN (túnel de rede), servidor DHCP (dnsmasq) e regras de firewall (iptables). O comando virsh, fornecido pelo pacote libvirt, torna muito fácil criar uma ponte virtual. Primeiro, você precisa escolher uma sub-rede de rede para sua ponte virtual; se sua LAN doméstica estiver na rede ‘192.168.1.0/24’, você pode optar por usar, por exemplo, ‘192.168.2.0/24’. Defina um arquivo XML, por exemplo, /tmp/virbr0.xml, contendo o seguinte:

<network>
  <name>virbr0</name>
  <bridge name="virbr0" />
  <forward mode="route"/>
  <ip address="192.168.2.0" netmask="255.255.255.0">
    <dhcp>
      <range start="192.168.2.1" end="192.168.2.254"/>
    </dhcp>
  </ip>
</network>

Em seguida, crie e configure a interface usando o comando virsh, como root:

virsh net-define /tmp/virbr0.xml
virsh net-autostart virbr0
virsh net-start virbr0

A interface ‘virbr0’ agora deve estar visível, por exemplo, via o comando ‘ip address’. Ela será iniciada automaticamente toda vez que sua máquina virtual libvirt for iniciada.

5.2.2 Configurando as rotas estáticas para sua ponte virtual

Se você configurou sua máquina virtual para usar sua interface de ponte virtual ‘virbr0’ recém-criada, ela já deve receber um IP via DHCP, como ‘192.168.2.15’ e ser acessível a partir do servidor que a hospeda, por exemplo, via ‘ping 192.168.2.15’. Há uma última configuração necessária para que a VM possa alcançar a rede externa: adicionar rotas estáticas ao roteador da rede.

Neste exemplo, a rede LAN é ‘192.168.1.0/24’ e a página da web de configuração do roteador pode ser acessada por meio de, por exemplo, a página http://192.168.1.1. Em um roteador executando o firmware libreCMC, você navegaria até a página Network → Static Routes (https://192.168.1.1/cgi-bin/luci/admin/network/routes) e adicionaria uma nova entrada em ‘Static IPv4 Routes’ com as seguintes informações:

Interface

rede local

Alvo

192.168.2.0

Rede-IPV4

255.255.255.0

IPv4-Ponto de entrada

servidor-ip

Tipo de rota

unicast

onde server-ip é o endereço IP da máquina que hospeda as VMs, que deve ser estático.

Depois de salvar/aplicar essa nova rota estática, a conectividade externa deve funcionar de dentro da sua VM; você pode, por exemplo, executar ‘ping gnu.org’ para verificar se ela funciona corretamente.


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